Inicial da Rua 13 de Junho sem acesso à Prainha

por Editoria 24 de março de 2021 0 comentários
Rua 13 de Junho com destaque para o prédio de estilo francês que foi residência do bispo do José Antonio dos Reis (século XIX) e a partir de 1914, abrigou os hotéis Universal, Esplanada e Centro América. / BIBLIOTECA/IBGE

O escritor mato-grossense Rubens de Mendonça, carinhosamente chamado pelos cuiabanos de Rubinho, era filho do notável historiógrafo Estêvão de Mendonça. Em sua obra ‘Ruas de Cuiabá’ relata uma das andanças pelas ruas da cidade junto a seu pai, ocasião em que não deixava de instigar o ‘velho Estêvão' sobre o significado dos nomes dados às placas das ruas por onde passavam: Pedro Celestino, Joaquim Murtinho, Ricardo Franco e Galdino Pimentel, entre outros. 

"Se esta rua, se esta rua fosse minha, em mandava, eu mandava ladrilhar..."

AUTOR DESCONHECIDO

Rubinho percebeu, por exemplo, que quando um político cai, o seu nome que estava na placa, é substituído por outro. Cita a Rua Senador Azeredo, que com a vitória da Revolução de 1930, passou à denominar-se Rua 24 de Outubro. Rua Joaquim Murtinho teve o nome trocado pelo de João Pessoa e somente voltou a receber o nome do maior financista da República, graças a uma campanha movida pelo jornal “Correio da Semana”, a qual contou com o apoio do então prefeito municipal, Isác Póvoas. Na parede dos fundos da Igreja Matriz já se vê a placaque perdura até hoje: Rua Joaquim Murtinho. O autor disse ainda acreditar que isso pode ter sido a causa que o pai encerrou um dos capítulos de do livro “Memórias de um Cuiabano” com os seguintes versos: “O tempo tudo consume / É esta a verdade crua; / De muita gente o renome / Só fica, se fica o nome / Na placa de alguma rua”.


PHOTOS

PHOTOS faz parte do projeto cultural de pesquisa da Central de documentação de dados do Almanaque Cuyabá para resgatar imagens históricas da cidade, com crédito para fotógrafos, editores, instituições congêneres, entre outros. 

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