Avenida Getúlio Vargas e uma das antigas torre da Matriz

por André Santana 7 de março de 2021 0 comentários
Charreteiro ao lado da Matriz desce a avenida Getúlio Vargas, quando era de mão dupla. Na esquina do lado esquerdo, se vê o Bar do Bugre. / Costa, Gilson; Valverde, Orlando, 1917|IBGE

Fretista de caminhão na lateral da Igreja Matriz de Cuiabá, lado correspondente à Avenida Getúlio Vargas. Do outro lado, se pode ver o Bar do Bugre, época em que a avenida tinha mão dupla, conforme flagrante fotográfico registrado no momento em que um carroceiro desce a ladeira, em direção à Praça da República.

Se esta rua, se esta rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar...}
O escritor mato-grossense Rubens de Mendonça ( o Rubinho), filho do notável Estêvão de Mendonça, dá início à sua célebre obra ‘Ruas de Cuiabá’ relatando uma de suas andanças pelas ruas de Cuiabá junto a seu pai. Na ocasião, instiga o ‘velho’ quanto ao significado dos nomes dados às placas das ruas por onde passavam: Pedro Celestino, Joaquim Murtinho, Ricardo Franco e Galdino Pimentel, entre outros. E tudo lhe era explicado pelo venerável senhor Estevão.

Segundo Rubinho, as denominações das ruas são coisas interessantes e que quando um político cai, o seu nome que estava na placa, é substituído por outro. E dá exemplo: Rua Senador Azeredo, com a vitória da Revolução de 1930, passou à denominação de Rua 24 de Outubro. Rua Joaquim Murtinho teve o nome trocado pelo de João Pessoa. O nome glorioso do maior financista da República, voltou à rua graças a uma campanha movida pelo jornal “Correio da Semana”, a qual contou com o apoio do então prefeito municipal, Isác Póvoas, e por aí se segue.

Rubens segue o preâmbulo do livro dizendo que crê que foi, por isso, que seu pai encerrou um dos capítulos do seu livro inédito “Memórias de um Cuiabano” com os versos a seguir:

“O tempo tudo consume / É esta a verdade crua; / De muita gente o renome / Só fica, se fica o nome / Na placa de alguma rua”.

ESTÊVÂO DE MENDONÇA


PHOTOS

PHOTOS faz parte do projeto cultural de pesquisa da Central de documentação de dados do Almanaque Cuyabá para resgatar imagens históricas da cidade, com crédito para fotógrafos, editores, instituições congêneres, entre outros.  

 

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André Santana

André Garcia Santana (30) reside em Cuiabá desde 2012. Jornalista, Assessor de imprensa da OAB - Seccional Mato Grosso. Assessor de imprensa da Prefeitura de Cuiabá, repórter no site Olhar Direto, atuou no Sesc MT e também colabora com o Almanaque Cuyabá de Cultura Popular.

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