Antes da execução de José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, em abril de 1792, seu irmão mais velho, padre Domingos da Silva Xavier, havia sido preso em Cuiabá, onde deixou a batina para exercer o cargo de procurador. Devendo a comerciantes baianos e cariocas, foi acusado de inadimplência. Em depoimento, alegou ter vindo à Capital em busca de vida melhor, pedindo para deixar as atividades eclesiásticas, o que foi confirmado por documentos. No relato, contudo, não explicou por que trocara de nome e naturalidade.
Seus credores então armaram uma tocaia: conseguiram testemunhas que o acusaram de contrabandear diamantes. Assim, a suspeita de inadimplência tornou-se denúncia de crime contra a coroa e Domingos acabou por revelar sua identidade para obter os benefícios concedidos aos religiosos. Foi mandado para prisão domiciliar em Santo Antônio do Rio Abaixo (hoje, de Leverger), onde, depois de reassumir suas funções eclesiásticas, passou a celebrar missas. Lá recebeu a notícia do enforcamento do irmão, em Vila Rica – MG.
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